O preço do Saber.

Antes de começar a estudar o jornalismo, me considerava uma pessoa extremamente flexível e aberta ao mundo e suas excentricidades. Com o tempo achei que a única diferença que iria ocorrer a mim seria um conhecimento mais profundo das coisas que me eram familiar, assim como um menor preconceito em relação ao que desconhecia. Pois bem, eu estava enganado.

Não que seja uma pessoa preconceituosa, pelo contrário acredito que hoje eu seja menos preconceituoso que antes, pois tenho uma noção melhor do que é respeito e como ele é importante para todos e não só para mim.

Porém, percebi que com o tempo a maturidade foi implacável e me tornou aquilo que mais temia quando criança, um adulto. E nessa acabei descobrindo que mais importante do que ser “open mind”, era ser “better mind”, para tentar fazer as melhores escolhas para minha vida. Ou seja, senso crítico na vida.

Assim como eu uma geração inteira de pessoas cresceu em uma época de uma busca infinita e espera constante, daquilo que nunca vem, a tão desejada “liberdade para ser”. Acreditou-se que a tecnologia era a melhor maneira de se conseguir isso, “deixem as máquinas fazerem o trabalho por você, enquanto você aproveita o que de melhor a vida tem a oferecer”, gritavam e nessa “caímos”.

Inventou-se um computador pessoal, um para brincar, um de bolso, um de ouvido etc e tudo para que? Para melhorar sua noção de mundo e receber toda a informação que um “ship” pode oferecer. O problema é que esqueceram de avisar que nem toda informação do mundo pode ser verídica, ou pode lhe interessar ou lhe ser útil. E ainda que para você ser o primeiro, você, na verdade, tem de ter os últimos.(?!) Sim, o último PC do mercado, o último celular com câmera, que toca mp3, mp4 e várias siglas que nem me lembro agora.

Teoricamente saber tudo do mundo deve ser a principal diretriz de um grande jornalista e/ou comunicólogo, porém aprendi também, que não vale a pena sacrificar seu tempo e o dos outros por algo tão efêmero quanto às novas tecnologias. Conhecimento e sabedoria, para podermos ser livres. Mas a que preço?

(Escolhas ruins lhe trazem coisas ruins.) S/A

Comentários

Anônimo disse…
Afinal, você está vivendo!

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